sexta-feira, julho 01, 2011

Para Promover a partilha de ideias sobre a mediação privada

"Mudança é algo fácil de enteneder; Mudança é algo difícil de realizar. Há muitas ratoeiras escondidas numa palavra tão simples. (Virgínia Satir)"

Bom lema para começarmos a falar sobre aquilo que queremos mudar. Não se trata aqui de fazer queixas sobre os Sistemas Públicos de Mediação, antes de começarmos todos a pensar como queremos construir, ampliar e melhorar o espaço da mediação privada.

Se cada um de nós der uma ideia positiva (sem pôr em causa as ideias e propostas de cada uma das pessoas dispostas a partilhar o seu saber e o seu sentir) poderemos construir um texto capaz de defender a Mediação.
A mediação é mais do que um processo, é mais do que um sistema, é um saber estar, saber ser e um saber fazer.
Está nas nossas mãos definir quem e como. PARTILHE E ENVIE A SUA IDEIA!
Através do facebook, ou através deste Blog

quinta-feira, junho 30, 2011

Movimento Pró-mediação Privada

Aqui está um movimento aberto e plural pela dignificação e defesa da Mediação Privada em Portugal.
Também no Facebook

quinta-feira, junho 02, 2011

MediÁção: uma proposta de supervisão, intervisão e estudo de caso

A Jurisolve lança, no âmbito do seu projecto MediAção (formação contínua de mediadores), o seu programa de Supervisão.

Local: JURISolve, R. Pdr. Estêvão Cabral, 79, sala 205, 3000-317 Coimbra

Cada sessão será dinamizada por um mediador com experiência em diferentes áreas de mediação .
Dia 7 de Junho (3.ª Sessão), das 18:15 às 20:15, com Gabriela Cunha Mediadora nos Julgados de Paz, Sistemas de Mediação Familiar, Penal e Laboral
A inscrição é simples.
Inscreva-se enviando um email para
jurisolve@jurisolve.com
: No assunto escreva: “inscrição em mediÁção – supervisão”
No corpo da mensagem escreva: Nome / telefone de contacto/ Curso(s) de mediação de conflitos e entidade formadora /informação sobre o exercício de mediação (onde e há quanto tempo)

quarta-feira, junho 01, 2011

“João Sem Medo” – Perfil de um Mediador - Reflexões sobre a formação de mediadores de conflitos (1.ª Parte

(primeira parte do artigo)

Autora: Isabel Oliveira

É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir

José Gomes Ferreira[1]

Introdução

Tenho a certeza de já alguma vez vos ter acontecido depararem-se com uma ideia, mas não estarem certos da sua correcção e deterem-se por um momento a ponderá-la. Se nunca vos aconteceu, comecem agora, porque nunca é demasiado tarde. Mas o mais maravilhoso é poder “ocupar” a cabeça com um problema cuja solução seja incerta. E revolvê-lo, examiná-lo de diferentes ângulos, duvidar, recomeçar do princípio. Enfurecer-se com ele. Abandoná-lo para o reencontrar mais tarde. É uma experiência impar que vos recomendo.” (In. Paenza, A. (2008). Matemática. estás ai? Lisboa, Dom Quixote.)

Reflectir sobre a formação de mediadores de conflitos implica também esta capacidade de analisar o “problema” de vários pontos de vista, de “ocupar” a cabeça com diferentes perspectivas, diferentes visões, enfim, diferentes soluções. Não deixarmos de o examinar e de praticar o exercício da dúvida para, por fim, sermos capazes de produzir uma reflexão.
Quem se dedica à formação de mediadores, não pode deixar de pensar e repensar modelos de capacitação que pretendem dar resposta a um perfil de mediadores que, de um modo ou de outro, cada um de nós tem em si.
Falamos em “ser” e “saber fazer”, porque na nossa actividade de mediadores para além do saber técnico e científico inerente a uma formação de base, entendemos que devemos privilegiar a atenção dada ao que representa o “ser” mediador.
Para aprender a “ser” mediador e a “saber fazer” há necessidade de desconstruir um conjunto de crenças (limitadoras) com que os candidatos a mediadores chegam à formação: já “sabem o que é mediação”, pois “já o fazem há muito tempo”; “o conflito é negativo”; as pessoas em conflito não têm capacidade para encontrarem / construírem as suas próprias soluções, pelo que o mediador deve sugerir; todos os conflitos têm resposta na lei, pelo que são a esta subsumíveis; nem sempre as pessoas sabem o que é melhor para elas, pelo que o mediador deve aconselhar. Poderíamos apontar algumas mais, mas estas “crenças” são já suficientes para percebermos que há um trabalho a fazer no sentido da alteração do mapa mental do candidato.
Ser mediador implica ter a capacidade de escutar e acolher diferentes pontos de vista, diferentes formas de ver e interpretar a realidade, sem sobre elas fazer juízos de valor, mesmo que ponham em causa as suas crenças, valores e convicções pessoais.
Ser mediador exige a capacidade de estar presente para o outro. São os mediados o centro, o ponto de partida e de chegada para a gestão e resolução do conflito. Para tal, o mediador deve conhecer-se a si próprio. Qualidade inerente à capacidade de acolher e reconhecer o outro, enquanto pessoa com identidade própria. Isto é, o mediador deve ser capaz de gerar empatia, no sentido em que Rogers a define como “… entering the private perceptual world of the other becoming thoroughly at home in it. It involves being sensitive, moment by moment, to the changing felt meanings which flow in this other person … To be with another in this way means that for the time being, you lay aside your own views and values in order to enter another’s world without prejudice. In some sense it means that you lay aside yourself.”. [2]
Só assim, o mediador poderá gerir o processo de mediação que, nas palavras de Picard (2003) “…é um processo de descoberta e aprendizagem[3], não apenas para os mediados, mas também para o mediador. Cada mediação é uma viagem única, com diferentes passageiros e novas paisagens, e ainda que nos pareça que o destino é o mesmo, dificilmente seguiremos exactamente os mesmos caminhos.
Neste sentido, o mediador é alguém que está preparado para o imprevisto, para a descoberta de novos mapas, para, como diria Fernando Pessoa, “a dupla existência da verdade”.[4]


[1] In. “As Aventuras maravilhosas de João sem Medo”.
[2] Cit. In Stewart and Thomas 1995, Bruce, P. (1999). "Reformulating dispute narratives through active listening." Mediation Quarterly 17(2): 161-180;
[3] (Cheryl A. Picard. (2003). "Learning about learning: The value of ldquoinsightrdquo." Conflict Resolution Quarterly 20(4): 477-484.)
[4] In. Bernardo Soares, “O Livro do Desassosego”: “Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de porque se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exactamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla existência da verdade!!!”

terça-feira, maio 31, 2011

Pela dignificação da mediação Privada em Portugal

Eu Mediadora

O Mediador é um profisional e merece respeito social e profissional, pelo trabalho que desenvolve quer nos Sistema Públicos, quer nos Sistemas Privados. Aliás, se pensarem bem, os mediadores são meros prestadores de serviços nos Sistemas públicos de mediação, não são trabalhadores dos Sistemas, mas convidados a trabalhar "à peça". Pagam os seus impostos e segurança social, mas não são reconhecidos como profissionais. Cumprem regras éticas e deontológicas, mas parece que face ao Estado não têm identidade ou voz. No entanto, face ao tipo contratual, somos todos mediadores privados, alguns a trabalhar para o Estado.

Associações há nuitas, mas com pouca ou nenhuma representatividade e, neste sentido, em busca de uma legitimidade que lhes permita falar em nome dos mediadores junto das entidades governamentais que regulam e gerem a mediação de conflitos.

A profissão de mediador é uma profissão em procura da sua dignificação e de capacidade de representação.

Não a ter permite, apenas, que alguns, homens e mulheres de bem e, sem dúvida, com boas intenções, surjam como representantes dos mediadores, mas sem mandato.

É urgente lançar a discussão pública sobre o papel do mediador na mediação de conflitos pública e privada, com a participação de todas as entidades existentes e de mediadores individuais que queiram participar. Associações privadas sem fins lucrativos, entidades privadas que se dedicam à mediação e mediadores individuais.

O Princípio não deve ser o da exclusão, mas o da inclusão...ou então que princípios defendemos enquanto mediadores?

Isabel Oliveira

sexta-feira, abril 01, 2011

Curso de Mediação de Conflitos em Contexto Escolar

A Mediação de Conflitos como instrumento pacificador das relações em contexto escolar, bem como instrumento de prevenção de conflitos ao trazer para a escola o desenvolvimento de capacidades de comunicação, gestão de problemas, gestão de emoções e autonomia na resoluçãod e conflitos.

Como desenvolver e implementar um projecto de mediação em contexto escolar? Procure-nos.